A Sociedade Recolectora

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Saber Mais... Progredindo rumo ao Homo Sapiens

    • Progredindo rumo ao Homo Sapiens:
O primeiro tipo de homo sapins foi o “Homem Erectus”. A designação derivada do nome da localidade alemã na qual, em 1856, foram encontrados, pela primeira vez, despojos seus; mas proliferava ao longo da Europa e Ásia. Foi ele quem descobriu como preparar o fogo, inventou os primeiros utensilos de pedra, mais uma realização bem demonstrativa da sua capacidade.

    • A difícil arte da Pedra:
      Trabalhar a pedra era difícilimo! Batendo uma pedra contra outra, obtinha uma lasca ou esquírula e a partir daí, pancada após pancada, ia dando forma ao simples calhau como tinha começado. Eram precisos boa vista, mau firme, capacidade de concentração e uma paciência infinita: ou seja, os dotes dum cérebro já bem desenvolvido. A primeira coisa a fazer, era escolher uma pedra que pudesse ser bem trabalhada: não podia ser um pedregulho qualquer, tinha de ser um sílex.
    • A União faz a Força:
      As condições de vida cada vez mais difícies que o Homem Erectus teve de enfrentar, obrigaram-no ao estabelecimento de uma grande solidariedade entre os indíviduos. Por exemplo, o facto de terem de abrigar-se todos juntos em pequenas cabernas, exigia que os membros do grupo fossem, digamos, menos antipáticos com o wseu próximo. E nas zonas onde havia muito poucas vagas e fruta, a caça tornava-se crucial na obtenção dos alimentos: e tratavasse de uma actividade que exigia uma colaboração total.
      Os homens erectus descobriram rapidamente novas técnicas, como por exemplo a de raspar com facas de pedra o avesso das peles dos animais que caçavam. E assim, as peles não apodreciam, duravam muito mais tempo e eram utilizadas como protecção contra o frio. E o fogo, para além de ser uma fonte de calor, servia também para endurecer as pontas das lanças.
      Cada um dos grupos de homens erectus, era normalmente formado por cerca de 20 pessoas: pequenos bandos que se confrontavam frequentemente entre si, lutando sem contemplações.


      • Ossos e Músculos de Aço:
O homem erectus foi considerado durante muito tempo o famoso “elo de união” entre o homo erctus e o homem sapiens. O seu aspecto era, realmente, ainda “um pouco símiesco”, devido ás pernas curtas e um pouco arqueadas e, sobretudo, devido á testa plana e abaulada e aos fortíssimos maxilares. Em compensação, o peso do seu cérebro era ligeiramente superior ao do Homem moderno.
O cérebro do homem erectus era grande, mas estava pouco desenvolvido na parte frontal, a que faz funcionar a imaginação e a arte, ou seja, era um tipo prático, “sem veleidades”: não se podia dar a esses luxos.
O grande maxilar inferior “de carnívoro” de que eram detentores, desenvolveu-se porque a sua principal fonte de alimentos era a caça.
A musculatura dos homens erectus era extremamente forte.


      • A Comida Cozinhada:

Aprendeu a acender uma fogueira, ao aperceber-se de que uma pirite (um mineral de ferro), ao ser batida contra a outra pedra fazia faíscas. Soube, igualmente, tirar proveito da queda ocasional dum pedaço de carne no fogo. Descobriu assim que o calor torna a carne muito mais digirível e, sobretudo, impede o seu apodrecimento durante muitas horas.
O cozinhar dos alimentos teve imediatamente repercussões favoráveis no desenvolvimento físico. As crianças cresciam melhor, os velhos viviam mais tempo. Isto também servia para desenvolverem laços sociais.
                                           
    • Os segredos do fogo:

Consiste em friccionar dois pedaços de madeira seca até se acenderem.

    • O urso: presa e amigo:
Entre os animais caçados pelo homem erectus, o urso ocupava um lugar muito especial. Matá-lo não era brincadeira nenhuma: erguido sobre as patas traseiras, media mais de dois metros! De modo que o melhor era surprendê-lo dentro de uma cverna, durante a hibernação. Assim, duma cajadada só, o homem erectus obtia um bom refugiu, comida abundante, peles para se cobrirem e maças feitas de enormes ossos do animal abatido.
A homenagem ao totem (o “espírito”) do urso, também se cdonverteu num ritual, num acto social em que o grupo fortalecia ainda mais os laços que o união.


    • A viagem rumo ao mistério:



A sua mente simples e prática era também capaz de profundas emoções. Mais ainda que o culto do urso (e doutros animais – totem como o mamute), essa capacidade é-nos demonstrada pelo o enterramente cuidadoso dos seus mortos. Foi esse factor o que mais contribuiu para que os cientistas se decidissem a considerá-lo totalmete humano.

    • Um desaparecimento misterioso:

Porque motivo desapareceu o Homem Erectus?
Uma das hipóteses aventadas é a de que se tinha adaptado também aos climas agrestes que não conseguiu resistir à chegada das suaves estações inter-glaciárias.
Um degelo “momentâneo” de vários milhares de anos viria a provocar o desaparecimento de numerosas “pontes” de gelo, convertiria os glaciares em rios tumutuosos e os solos gelados em pântanos que isolariam e dizimariam os já poucos numerosos grupos de homens erectus. Numa qualquer ocasião as enormes brechas abertas por um eventual terramoto teriam contribuido para os separar dos seus territórios de caça. E pode também ter acontecido que as raças de homens erectus mais evoluidas tenham dado origem ás primeiras raças do homem sapiens.
É de facto estranho que os robustos homens erectus não tenham conseguido sobreviver. Acontece que eles tinham também outra desvantagem: eram pouco faladores. Com a sua linguagem elementar, não foram capazes de trocar reciprogramente informações necessárias á sobrevivência em condições de emergência e enquanto eles se extinguiam, dava qa sua entrada em cena outro herdeiro do homem erectus: tratava-se dum “parente tagarela” agil, astuto, de testa ampla, que esperava já há algum tempo pelo fim dos garndes frios.


    • Adeus, Primo!

Para além da herança genética, há algum lugar cultural: os sucessores do homem erectus exploraram prufundamente a arte do trabalhar a pedra e de utiulizar o fogo e, acima de tudo, não descuraram a vivência em comunidade, nem a manutenção do culto dos tótemos e dos defuntos: exactamente como o tinham feito as primeiras criaturas capazes de sentimentos humanos.

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