- Progredindo rumo ao Homo Sapiens:
O primeiro tipo de homo sapins foi o “Homem Erectus”. A designação derivada do nome da localidade alemã na qual, em 1856, foram encontrados, pela primeira vez, despojos seus; mas proliferava ao longo da Europa e Ásia. Foi ele quem descobriu como preparar o fogo, inventou os primeiros utensilos de pedra, mais uma realização bem demonstrativa da sua capacidade.
- A difícil arte da Pedra:Trabalhar a pedra era difícilimo! Batendo uma pedra contra outra, obtinha uma lasca ou esquírula e a partir daí, pancada após pancada, ia dando forma ao simples calhau como tinha começado. Eram precisos boa vista, mau firme, capacidade de concentração e uma paciência infinita: ou seja, os dotes dum cérebro já bem desenvolvido. A primeira coisa a fazer, era escolher uma pedra que pudesse ser bem trabalhada: não podia ser um pedregulho qualquer, tinha de ser um sílex.
- A União faz a Força:As condições de vida cada vez mais difícies que o Homem Erectus teve de enfrentar, obrigaram-no ao estabelecimento de uma grande solidariedade entre os indíviduos. Por exemplo, o facto de terem de abrigar-se todos juntos em pequenas cabernas, exigia que os membros do grupo fossem, digamos, menos antipáticos com o wseu próximo. E nas zonas onde havia muito poucas vagas e fruta, a caça tornava-se crucial na obtenção dos alimentos: e tratavasse de uma actividade que exigia uma colaboração total.Os homens erectus descobriram rapidamente novas técnicas, como por exemplo a de raspar com facas de pedra o avesso das peles dos animais que caçavam. E assim, as peles não apodreciam, duravam muito mais tempo e eram utilizadas como protecção contra o frio. E o fogo, para além de ser uma fonte de calor, servia também para endurecer as pontas das lanças.Cada um dos grupos de homens erectus, era normalmente formado por cerca de 20 pessoas: pequenos bandos que se confrontavam frequentemente entre si, lutando sem contemplações.
- Ossos e Músculos de Aço:
O homem erectus foi considerado durante muito tempo o famoso “elo de união” entre o homo erctus e o homem sapiens. O seu aspecto era, realmente, ainda “um pouco símiesco”, devido ás pernas curtas e um pouco arqueadas e, sobretudo, devido á testa plana e abaulada e aos fortíssimos maxilares. Em compensação, o peso do seu cérebro era ligeiramente superior ao do Homem moderno.
O cérebro do homem erectus era grande, mas estava pouco desenvolvido na parte frontal, a que faz funcionar a imaginação e a arte, ou seja, era um tipo prático, “sem veleidades”: não se podia dar a esses luxos.
O grande maxilar inferior “de carnívoro” de que eram detentores, desenvolveu-se porque a sua principal fonte de alimentos era a caça.
A musculatura dos homens erectus era extremamente forte.
- A Comida Cozinhada:
Aprendeu a acender uma fogueira, ao aperceber-se de que uma pirite (um mineral de ferro), ao ser batida contra a outra pedra fazia faíscas. Soube, igualmente, tirar proveito da queda ocasional dum pedaço de carne no fogo. Descobriu assim que o calor torna a carne muito mais digirível e, sobretudo, impede o seu apodrecimento durante muitas horas.
O cozinhar dos alimentos teve imediatamente repercussões favoráveis no desenvolvimento físico. As crianças cresciam melhor, os velhos viviam mais tempo. Isto também servia para desenvolverem laços sociais.
- Os segredos do fogo:
Consiste em friccionar dois pedaços de madeira seca até se acenderem.
- O urso: presa e amigo:
Entre os animais caçados pelo homem erectus, o urso ocupava um lugar muito especial. Matá-lo não era brincadeira nenhuma: erguido sobre as patas traseiras, media mais de dois metros! De modo que o melhor era surprendê-lo dentro de uma cverna, durante a hibernação. Assim, duma cajadada só, o homem erectus obtia um bom refugiu, comida abundante, peles para se cobrirem e maças feitas de enormes ossos do animal abatido.
A homenagem ao totem (o “espírito”) do urso, também se cdonverteu num ritual, num acto social em que o grupo fortalecia ainda mais os laços que o união.
- A viagem rumo ao mistério:
A sua mente simples e prática era também capaz de profundas emoções. Mais ainda que o culto do urso (e doutros animais – totem como o mamute), essa capacidade é-nos demonstrada pelo o enterramente cuidadoso dos seus mortos. Foi esse factor o que mais contribuiu para que os cientistas se decidissem a considerá-lo totalmete humano.
- Um desaparecimento misterioso:
Porque motivo desapareceu o Homem Erectus?
Uma das hipóteses aventadas é a de que se tinha adaptado também aos climas agrestes que não conseguiu resistir à chegada das suaves estações inter-glaciárias.
Um degelo “momentâneo” de vários milhares de anos viria a provocar o desaparecimento de numerosas “pontes” de gelo, convertiria os glaciares em rios tumutuosos e os solos gelados em pântanos que isolariam e dizimariam os já poucos numerosos grupos de homens erectus. Numa qualquer ocasião as enormes brechas abertas por um eventual terramoto teriam contribuido para os separar dos seus territórios de caça. E pode também ter acontecido que as raças de homens erectus mais evoluidas tenham dado origem ás primeiras raças do homem sapiens.
É de facto estranho que os robustos homens erectus não tenham conseguido sobreviver. Acontece que eles tinham também outra desvantagem: eram pouco faladores. Com a sua linguagem elementar, não foram capazes de trocar reciprogramente informações necessárias á sobrevivência em condições de emergência e enquanto eles se extinguiam, dava qa sua entrada em cena outro herdeiro do homem erectus: tratava-se dum “parente tagarela” agil, astuto, de testa ampla, que esperava já há algum tempo pelo fim dos garndes frios.
- Adeus, Primo!
Para além da herança genética, há algum lugar cultural: os sucessores do homem erectus exploraram prufundamente a arte do trabalhar a pedra e de utiulizar o fogo e, acima de tudo, não descuraram a vivência em comunidade, nem a manutenção do culto dos tótemos e dos defuntos: exactamente como o tinham feito as primeiras criaturas capazes de sentimentos humanos.
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